O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto do Brasil caiu para 37,6 pontos em março, de 50,9 em fevereiro, informou nesta sexta-feira, 3, a IHS Markit. Com a queda, o indicador atingiu seu menor nível desde o início da pesquisa no Brasil, em março de 2007.
O PMI Composto cruzou a linha que separa as zonas de otimismo e pessimismo com a atividade. Quando acima dos cinquenta pontos, o indicador mostra melhora nas perspectivas de empresas na comparação com o mês anterior.
A retração do PMI composto foi puxada pela forte retração do PMI do setor de serviços que, em março, caiu 15,9 pontos, para 34,5, de 50,4 em fevereiro, a maior queda da série histórica. No mês, o PMI industrial também caiu, para 48,4 pontos, de 52,3 na divulgação anterior.
“Os dados de março mostram que o fechamento de empresas, o cancelamento de pedidos e a diminuição da demanda por parte dos clientes em meio à emergência de saúde pública da covid-19 resultaram numa rápida queda no volume de produção do setor de serviços. A redução na atividade foi a mais rápida desde o início da pesquisa, há treze anos, com a taxa de declínio sendo muito maior do que a relatada pelas empresas do setor industrial em março”, afirmou, em nota, o diretor de Economia da IHS Markit, Tim Moore.
Nos serviços, a queda foi atribuída ao fechamento de empresas e à retração da demanda em resposta à pandemia do coronavírus, que acarretaram na queda mais rápida de novos trabalhos desde o início da pesquisa. A taxa de corte de empregos também foi a maior desde outubro de 2016.
As expectativas de negócios no setor de serviços também foram as mais fracas desde o início da pesquisa, com os respondentes relatando preocupações de que a economia doméstica levará muito tempo para se recuperar do choque causado pela pandemia.
Por Cícero Cotrim
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