As medidas de isolamento social para conter a expansão da epidemia do coronavírus tiveram um efeito devastador sobre as expectativas dos empresários em março. No Brasil, na Inglaterra e na Zona do Euro, os indicadores da confiança dos empresários desabaram.
No Brasil, o Índice de Atividade de Negócios do setor de serviços (IHS Markit) recuou para 34,5 em março, queda de 15,9 em relação aos 50,4 registrados em fevereiro. “Foi a mais acentuada queda na atividade de negócios no setor brasileiro de serviços como um todo desde o início da pesquisa, em março de 2007”, informou o instituto Markit. A razão é bem conhecida. “A queda foi quase que exclusivamente atribuída ao fechamento de empresas e à retração da demanda por parte dos clientes em resposta à pandemia do coronavírus”, informou o instituto.
Segundo o Instituto, os empresários do setor de serviços informaram quedas acentuadas no nível de emprego em março, com o maior número de demissões desde outubro de 2016. Pedidos cancelados e paralisações de empresas em resposta à emergência de saúde pública fecharam vagas rapidamente. As exportações também caíram aceleradamente.
EXTERIOR
O Purchase Managers Index (PMI) de serviços do IHS Markit para os Estados Unidos caiu para 39,8 pontos em março ante os 49,4 em fevereiro. Apesar da queda, o resultado veio levemente acima dos 39,1 pontos esperados pelo mercado.
Já na Europa, os indicadores econômicos na Inglaterra e na Zona do Euro mostram que o impacto da epidemia sobre a economia é pesado. Tanto a Inglaterra quando os países do euro divulgaram seus números PMI, referentes aos índices dos gerentes de compras.
Na Inglaterra, o PMI de março caiu para 36,0 ante 53,0 em fevereiro. Foi o menor índice desde o início da série, em 1996. O resultado foi semelhante nos países da Zona do Euro. O índice caiu para 29,7, ante os 51,6 registrados em fevereiro. Também foi o pior registro desde que o indicador começou a ser calculado, em 1998.
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