Devido ao trabalho que os bancos terão para lidar com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta quarta-feira, dia 1º, em reunião extraordinária, adiar a implementação de mudanças na portabilidade de crédito que tinham sido aprovadas ainda no ano passado.
No fim de novembro, o CMN permitiu a portabilidade do cheque especial a partir de abril deste ano e autorizou que operações de financiamento imobiliário contratadas fora do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) migrassem para a modalidade durante a portabilidade.
Na ocasião, o CMN também havia criado o “Documento Descritivo de Crédito” (DDC), que seria fornecido pelas instituições financeiras com as informações solicitadas pelo devedor referentes à operação de crédito contratada.
Agora, todos esses instrumentos entrarão em vigor apenas em novembro. “O adiamento decorre da necessidade de as instituições financeiras terem que realocar recursos humanos e materiais em ajustes operacionais e investimentos não programados em tecnologia como consequência da pandemia do novo coronavírus (covid-19)”, justificou o Banco Central, em nota.
Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
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