O lucro líquido da Helbor (HBOR3) caiu 47% no quarto trimestre de 2019, totalizando R$ 29,1 milhões. No ano, porém, de acordo com o resultado financeiro divulgado pela empresa na terça-feira (31), o valor reverteu o prejuízo com R$ 160,7 milhões ante os R$ 71 milhões negativos de 2018.
Para analistas, o resultado do quarto trimestre de 2019 que foi regular e em linha com o esperado pelos analistas em termos de receita líquida, lucro líquido e geração de caixa.
Os principais destaques positivos foram: redução do estoque com a venda de ativos, a geração de caixa de R$ 8 milhões no trimestre e a redução na alavancagem financeira.
O principal destaque negativo foi a queda na margem bruta, devido à venda de ativos comerciais para o Fundo Multi Renda Urbana pelo valor de R$ 175 milhões.
Analistas esperam um impacto neutro no preço das ações da Helbor (HBOR3) no curto prazo. Em um primeiro momento, a foto dos números da companhia não impressiona. Porém, a sequência dos resultados deixa claro o processo de retomada operacional que a empresa vive.
A Helbor já havia divulgado um resultado operacional com retomada do volume de lançamentos (R$ 906,3 milhões) e boa velocidade de vendas (20%) em 2019.
Houve também a aquisição de três novos terrenos para desenvolvimento de empreendimentos residenciais na cidade de São Paulo, na região da Avenida Faria Lima.
A receita líquida atingiu R$ 449,9 milhões no trimestre, aumento de 14% em relação ao terceiro trimestres de 2019. A margem bruta ajustada ficou em 16,4%, inferior aos 19,8% no mesmo período de 2018 e aos 25,4% no terceiro trimestre de 2019.
A margem bruta ajustada sem considerar a venda de ativos comerciais teria sido de 28% no trimestre, superior aos 23% do terceiro trimestre de 2019, devido às melhores margens brutas dos novos lançamentos.
A empresa conseguiu reduzir as despesas gerais e administrativas em 2019: redução de 16% em relação a 2018.
Na última linha, houve redução do prejuízo líquido para R$ 26,9 milhões no trimestre (40,9% menor do que o 4T18) e R$ 104,2 milhões no acumulado de 2019 (69,4% menor em relação a 2018).
A geração de caixa totalizou R$ 183,4 milhões em 2019. Com a entrada dos recursos da oferta de ações (follow-on), a posição de caixa da companhia aumentou para R$ 581 milhões.
O endividamento bruto total da Helbor era de R$ 1,46 bilhão, dos quais R$ 390 milhões com vencimento em 2020. A relação dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 70% em dezembro.
Além do avanço nos números, a companhia adotou uma nova estratégia de atuação focando em projetos com VGV menor, lançando unidades residenciais personalizadas principalmente na cidade de São Paulo e Região Metropolitana.
Por enquanto a quarentena do coronavírus não ocasionou paralisação nas obras, apenas queda nas vendas pois os estandes estão vazios nos fins de semana. O principal catalisador para as ações das empresas do setor de construção será a duração da quarentena.
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