O presidente Jair Bolsonaro foi às redes nacionais de rádio e televisão na noite desta terça-feira (31) para um novo pronunciamento oficial. Nele, adotou um tom muito mais moderado em comparação à sua fala da semana passada, reforçando o compromisso de combate ao novo coronavírus e também ao desemprego.
Sem classificar a Covid-19 como gripezinha, atacar a imprensa ou os governadores (chegou até a elogiá-los), Bolsonaro citou as medidas que vêm sendo tomadas na área da saúde e da economia para minimizar os efeitos negativos em função da pandemia. Segundo fontes, o discurso foi validado pelos ministros da Casa Civil, da Secretaria de Governo e da Infraestrutura.
O ponto negativo da fala do presidente ficou por conta da descontextualização das declarações do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Bolsonaro citou um trecho em que o diretor comunicava que “muita gente precisa trabalhar para ganhar seu pão” e que os “governos devem levar essa população em conta”. Nesse sentido, Tedros se referiu à ajuda governamental para as pessoas que ficarão sem receber ou trabalhar em decorrência do coronavírus.
Para economistas, a mudança de tom do presidente demonstra, finalmente, alinhamento entre as medidas que vêm sendo tomadas por governadores em todo o país. Apesar da sua preocupação legítima com o desemprego.
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