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Secretário-executivo da Saúde recomenda que pessoas caminhem em parques

Mesmo sabendo que as maiores capitais do País fecharam seus parques públicos para evitar aglomerações, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, o Ministério da Saúde declarou nesta quinta-feira, 26, que não vê nenhum problema em liberar o acesso desses espaços para as pessoas.

“Não é recomendação do Ministério da Saúde que pessoas não possam andar no parque. Por que as pessoas ficarão socadas no apartamento, se podem caminhar no parque?”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, ao comentar o avanço da covid-19 no Brasil.

“Não vemos nenhum sentido na proibição de que as pessoas não possam andar na quadra, no parque. Isso vai fazer bem para as pessoas. É importante fazer uma caminhada de 30 minutos. Vai fazer bem para a pessoa, seu estado físico e seu emocional. Só evitem situações de aglomeração”, comentou Gabbardo. “As pessoas podem ir rezar, mas não devem participar de cultos. Essas são as orientações que o Ministério da Saúde dá.”

O secretário só não deixou claro, afinal, qual seria o seu conceito de “aglomeração”, dado que hoje a orientação técnica é de que as pessoas permaneçam a uma distância de ao menos dois metros de outra pessoa.

Ontem, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta voltou a dizer que as quarentenas definidas pelos Estados têm sido muito radicais e defendeu a flexibilização das decisões e o retorno de parte das atividades econômicas. Essa decisão, porém, até o momento, cabe ao gestor estadual.

“Nós não vamos dizer aqui que não se cumpram o que é feito no Estado”, comentou João Gabbardo dos Reis. “Mas temos as nossas recomendações.”

Igrejas

Gabardo também voltou a defender a abertura das igrejas, mas sem a realização de cultos e missas.

“Nós não recomendamos o fechamento das igrejas, o que nós recomendamos sim é que não se faça aglomeração. Recomendamos que padres e pastores realizem (celebrações) de preferência usando as redes sociais, usando a internet, sem a presença física”, disse.

Por André Borges e Emilly Behnke

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