Após abrir em alta, o dólar passou a cair ante o real na manhã desta quinta-feira, 26. Investidores reagem ao aumento dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA ao maior volume da história na semana. A alta inicial da moeda americana destoou da queda majoritária do dólar ante outras moedas emergentes no exterior, que persiste.
Assim, o recuo agora ante o real se alinha ao sinal externo, enquanto as bolsas em Nova York realizam e caem, devolvendo ganhos recentes após a aprovação no Senado norte-americano do pacote fiscal para amenizar impactos do coronavírus. Agora, a Câmara dos Estados Unidos vai avaliar o pacote.
Os ajustes iniciais para cima foram influenciados por várias notícias. A alta de 0,24% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em janeiro ante dezembro, abaixo da mediana das projeções (0,39%), que embala as apostas em novo corte da Selic em maio, o que diminuiria ainda mais o diferencial de juro interno e externo.
A cautela é reforçada pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central. E os sinais do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, mais cedo, de que “é possível que já estejamos numa recessão”.
Além disso, as bolsas europeias ampliaram perdas e a libra desacelerou a alta ante dólar, reagindo à manutenção de juros em 0,1% ao ano em reunião regular do Banco da Inglaterra (BoE), que estima ser provável que o PIB global caia acentuadamente durante o primeiro semestre deste ano.
Às 9h42, o dólar à vista caía 0,32%, a R$ 5,0167, ante máxima em R$ 5,0647 (+0,64%).
O dólar para abril cedia 0,29%, a R$ 5,0250, de máxima a R$ 5,0660 (+0,58%).
Por Silvana Rocha
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