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EUA aprovam pacote de estímulos de US$ 2 trilhões

(Foto: dólar)

Após negociações que se estenderam pela madrugada, o governo americano e a oposição democrata fecharam um pacote de apoio à economia para combater os efeitos danosos do coronavírus sobre a demanda agregada. Os líderes da Casa Branca e do Senado de ambos os partidos concordaram com um pacote de ajuda financeira de US$ 2 trilhões para ajudar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde americano a sobreviver ao surto de coronavírus que ainda está se espalhando. O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse que a Câmara aprovará o projeto na quarta-feira (25).

É o maior pacote de ajuda da história. As medidas enviarão dinheiro diretamente a todos os cidadãos americanos, aumentarão os benefícios pagos aos beneficiados pelo seguro-desemprego e tornarão disponíveis US$ 367 bilhões para pequenas empresas, além de uma verba equivalente para suportar iniciativas de governos estaduais e municipais para conter o vírus e manter a economia funcionando.

O pacote vem em um momento de aceleração da epidemia nos Estados Unidos. Na terça-feira (23), a cidade de Nova York anunciou ter 25 mil infectados. Andrew Cuomo, governador do estado, afirmou que o número de infectados ainda está longe de se estabilizar. A Organização Mundial da Saúde alertou terça-feira que os Estados Unidos poderiam se tornar o próximo “epicentro” da pandemia do Covid-19. Mais de 55 mil americanos testaram positivo e mais de 800 morreram da doença, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

INDICADORES

Influenciada pela retração de 16,88% no preço das passagens aéreas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que representa a prévia da inflação de março, registrou um aumento de preços de 0,02%, o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994.

O item passagens aéreas representou o maior impacto negativo, contribuindo com -0,11 ponto percentual no IPCA, divulgado na manhã desta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o IPCA-15 ficou em 0,95%. Em 12 meses, o índice alcançou 3,67%, abaixo dos 4,21% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Além das passagens aéreas, que tiveram preços menores pelo terceiro mês consecutivo (-6,45%, em janeiro, e -6,68%, em fevereiro), as quedas nos combustíveis (-1,19%), também influenciaram o resultado do grupo Transportes (-0,80%). Este grupo, que tem o maior peso no consumo das famílias, apresentou a maior deflação no mês. No lado das altas, a maior contribuição positiva (0,11 ponto percentual) veio do grupo Saúde e Cuidados pessoais (0,84%), cujo resultado refletiu o aumento de preços nos itens de higiene pessoal (2,36%).

O IPCA-15 não foi o único indicador a ser divulgado pelo IBGE. O Instituto também divulgou que o volume de serviços no Brasil cresceu 0,6% em janeiro, após dois meses seguidos de queda, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). A alta foi puxada pelo setor de transportes, serviços auxiliares e correios, que avançou 2,8% na passagem de dezembro para janeiro, recuperando a perda nos últimos dois meses de 2019. Em comparação com janeiro do ano passado, o volume de serviços cresceu 1,8%, alcançando a quinta taxa positiva consecutiva. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o avanço foi de 1%.

Quatro das cinco atividades investigadas na pesquisa tiveram resultado positivo. Além do setor de transportes, tiveram altas outros serviços (1,2%), serviços prestados às famílias (0,7%) e serviços profissionais administrativos e complementares (0,1%. O único setor a apresentar queda no período foi o de informação e comunicação (-0,9∞).

Apesar de o pacote de ajuda americano ser uma boa notícia, os mercados acionários internacionais estão começando o dia no terreno negativo. No início da manhã, os contratos futuros de S&P 500 estavam em queda de 0,72%, após terem recuado até 1,85%. Os contratos futuros de Ibovespa recuavam 0,54%.

É difícil prever o comportamento dos mercados nesta quarta-feira. A lógica seria de uma baixa pontual, tanto pela realização dos lucros da véspera quanto pelo fato de o mercado ter “subido no boato” do pacote de ajuda americano e agora estar “caindo no fato”. No entanto, a turbulência do mercado futuro na manhã mostra que o pregão será marcado por uma forte volatilidade.

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