A Vivara divulgou nesta segunda-feira (23) o seu resultado do quarto trimestre de 2019. É o primeiro exercício completo divulgado pela companhia após seu IPO. Os números apresentados vieram bons e acima das expectativas em termos de receita líquida e Ebitda, com lucro líquido abaixo das expectativas.
Os principais destaques positivos foram o crescimento no indicador de vendas mesmas lojas (exclui o efeito de novas unidades) que cresceu 7,4% no quarto trimestre e a fatia do e-commerce na linha de receitas, que representou 8% do total. Em 2018, o segmento online representava apenas 6,5% da receita bruta, enquanto em 2019 o número saltou para 7,1%.
Analistas apostam em impacto positivo no preço das ações (VIVA3) no curto prazo, pois a empresa entregou resultado em linha com o prometido no IPO.
A receita líquida atingiu R$ 407 milhões, crescimento de 8,5% em relação ao mesmo período de 2018. Foram abertas 14 lojas no trimestre, em linha com o previsto nos planos divulgados para expansão da marca.
A margem bruta foi de 72% no trimestre, aumento de 4 pontos percentuais na comparação anual, refletindo a boa aceitação das coleções de joias lançadas no período. A participação de joias no mix de vendas – que possuem margem mais elevada – aumentou para 50% (47,4% no mesmo período de 2018).
O Ebitda ajustado (IFRS16) totalizou R$ 118,8 milhões no último período de 2019, com margem de 29,2% no trimestre, número absoluto 13% acima do mesmo período de 2018 e 1,2 pontos percentuais de incremento na margem. No ano, a margem Ebitda fechou em 23,2%, acima dos 22% projetados na época da sua oferta de ações.
Na última linha, o lucro líquido ajustado (IFRS16) atingiu R$ 105 milhões, aumento de 29% em relação ao quarto trimestre de 2018, com margem líquida de 25,9% – 4,1 pontos percentuais a mais que o 4T2018.
No ano completo, o lucro fechou em R$ 224 milhões, crescimento de 24,8% e margem de 19,2% (2,2 acima do ano de 2018). Os ajustes no lucro líquido referem-se à adoção das normas da IFRS (-7,7 milhões) bem como a exclusão de itens não-recorrentes, como as despesas com IPO (-15 milhões) e créditos de ICMS na base de PIS/Cofins (+103,7 milhões).
Apesar do bom resultado, o principal catalisador das ações da Vivara (VIVA3) é o tempo em que o comércio ficará fechada impactando as suas lojas por conta das restrições devido ao coronavírus. Uma segunda derivada, ainda, será o impacto no PIB decorrente do momento atual, que pode afetar seus resultados ao longo de 2020.
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