A empresa de energia elétrica Eneva (ENEV3) divulgou na noite de segunda-feira (23) seus números referentes ao quarto trimestre de 2019. O resultado foi bom e veio em linha com as expectativas dos analistas em termos de Ebitda e lucro líquido.
Os principais destaques positivos ficaram para o Ebitda e o lucro líquido do trimestre enquanto a receita líquida de 2019 apresentou queda de 5% em relação a 2018.
A redução da receita líquida foi motivada, principalmente, pela queda nos preços internacionais do carvão e gás, indexadores de receita variável de algumas de suas usinas.
Analistas esperam impacto positivo no curto para as ações da Eneva (ENEV3). Além dos bons números no trimestre, a empresa voltou a reforçar seu interesse na combinação de negócios com a AES Tietê enquanto, na prática, sua operação é pouco afetada pela aceleração decorrente do coronavírus.
O Ebitda consolidado ajustado totalizou R$ 464,0 milhões no quarto trimestre. O crescimento de 49,2% em relação ao quarto trimestre de 2018 resultou, principalmente, do aumento da produção de gás natural em resposta ao maior despacho das termelétricas a gás (97% no 4T19 ante 43% no 4T18).
O lucro líquido ajustado da companhia totalizou R$ 268,5 milhões no quarto trimestre, comparado aos R$ 70,7 milhões reportados no mesmo período de 2018, impactado não apenas pelo crescimento do Ebitda, mas também pela melhora do resultado financeiro líquido.
A Eneva encerrou o quarto trimestre com uma posição de caixa consolidada de R$ 1,8 bilhão. A dívida líquida consolidada totalizava R$ 3,875 bilhões no final do período, equivalente a 2,8x dívida líquida/Ebitda dos últimos 12 meses (vs 3,1x no trimestre anterior e 2,9x no mesmo período do ano passado).
No curto prazo, o fluxo de caixa está 100% focado no desenvolvimento dos projetos Azulão-Jaguatirica e Parnaíba V. A partir de 2021, quando esses dois projetos entrarão em operação, a empresa pode estar diante de uma situação completamente diferente. Os projetos atualmente no pipeline podem gerar fluxos de caixa significativos a ponto de desalavancar rapidamente a companhia, liberando o balanço para investimento em novos projetos e, ao mesmo tempo, estabelecer uma política de distribuição de dividendos para seus acionistas.
A Eneva também voltou a comentar sobre a combinação de negócios com a AES Tietê. Segundo a empresa, ao passo em que a combinação tem potencial de criar mais valor do que os recursos podem gerar quando geridos separadamente, a criação de valor para os acionistas da AES Tietê é “bem clara – independente do perfil do investidor”. A combinação de negócios com a AES Tietê é um dos cinco objetivos principais da empresa para 2020.
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