Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirmaram nesta segunda-feira, 23, na ata do último encontro do colegiado, que “a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. Esta avaliação já constou no comunicado da semana passada do Copom, quando a Selic (a taxa básica de juros) foi reduzida de 4,25% para 3,75% ao ano.
A taxa estrutural é aquela que, em tese, permite o crescimento econômico sem gerar inflação.
Na ata agora divulgada, o Copom também avaliou que sua decisão da semana passada “reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário 2020 e, principalmente, de 2021”.
Cautela
O BC pregou cautela, reafirmando que novas informações serão essenciais para as próximas decisões de política monetária. “O Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos”, reafirmou o Copom.
Além disso, o BC enfatizou novamente que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual.
A divulgação da ata do último encontro do Copom, originalmente programada para esta terça-feira (24), foi antecipada para a manhã desta segunda-feira.
Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
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