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Autoridades paraguaias autorizam ‘trincheira’ na fronteira seca com Brasil

O governo do Paraguai autorizou a instalação de barreiras físicas na fronteira seca com o Brasil para barrar a passagem de pessoas e veículos por causa do coronavírus. O país registrou a primeira morte pelo vírus nesta sexta-feira (20). Em Ypehú, cidade vizinha à brasileira Paranhos, em Mato Grosso do Sul, máquinas retroescavadeira abriram uma espécie de trincheira no lado paraguaio da linha internacional. A abertura da vala que impede o trânsito entre as duas cidades teve a concordância do prefeito de Paranhos, Dirceu Bettoni (PSDB). “É uma situação de emergência sanitária e, do lado brasileiro, infelizmente não houve fechamento da fronteira.”

Em Sete Quedas (MS), separada da paraguaia Pindoty Porã por uma avenida asfaltada, os acessos foram bloqueados pelo exército paraguaio, segundo o prefeito Chico Pirolli (PSDB). “Como aqui não dá para fazer trincheira, as tropas deles fizeram barreiras e ninguém passa, mas é difícil controlar tudo, pois só em nosso município a fronteira seca tem 180 quilômetros.” Segundo ele, no lado paraguaio todo o comércio está fechado e vigora o toque de recolher mesmo durante o dia. Só postos de gasolina, farmácias e mercados autorizados abrem das 9 às 14 horas.

Em Capitán Bado, os acessos para Coronel Sapucaia (MS) estão interditados por militares paraguaios armados. Há barreira com militares também na Ponte Internacional da Amizade, entre a paraguaia Bella Vista Norte e a brasileira Bela Vista (MS). A prefeitura de Ponta Porã (MS), que é ligada à paraguaia Pedro Juan Caballero, suspendeu na sexta-feira (20), o funcionamento do comércio em geral, liberando o atendimento local de restaurantes, bares e lanchonetes, e autorizando apenas retiradas e entregas em domicílio. Casas de shows, academias, parques, museus, igrejas e clubes foram fechados.

Por José Maria Tomazela

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