O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 10,35%, aos 66.894,95 pontos nesta quarta-feira (18). É o menor nível de fechamento desde 3 de agosto de 2017 (66.777,13 pontos). O tombo aconteceu após um respiro na véspera e em mais um dia de “circuit breaker”.
A B3 teve as operações suspensas por volta das 13h18, a sexta vez em dez dias, e quase parou de novo durante a tarde.
A Bolsa brasileira e o dólar tiveram mais um dia de tensão com sentimento de pânico nos mercados globais diante de um mundo praticamente paralisado por causa da guerra contra o coronavírus.
O dólar comercial fechou em alta de 3,94%, cotado a R$ 5,19 na venda, mesmo com a atuação do Banco Central. É novamente o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de fechamento desde a criação do Plano Real.
Além disso, o governo brasileiro enviou ao Congresso o pedido de reconhecimento de estado de calamidade pública devido à pandemia e seus impactos na saúde dos brasileiros e na economia do país. A medida, se aprovada, abre espaço para o governo elevar seus gastos sem precisar cumprir a meta fiscal.
A pandemia de Covid-19 tem deixado as previsões cada dia mais pessimistas para a economia mundial e a do Brasil. Ontem, o banco Credit Suisse cortou a estimativa de crescimento do Brasil de 1,4% para zero em 2020 e passou a considerar em seu cenário-base uma recessão técnica na primeira metade deste ano, com queda de 0,1% no PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre e de 1,6% no segundo trimestre. A recessão técnica ocorre quando há dois trimestres seguidos de queda do PIB.
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