O resultado do quarto trimestre de 2019 da BR Distribuidora (BRDT3) foi bom e veio acima das expectativas, especialmente em termos de Ebitda, com destaque positivo para o Ebitda por metro cúbico de R$ 96, aumento de R$ 22 em relação ao mesmo período de 2018.
A receita líquida atingiu R$ 24,1 bilhões no trimestre, queda de 4,2% em relação ao mesmo período de 2018. A queda na receita líquida é explicada pela esperada queda de 4,6% no volume de vendas no trimestre.
O Ebitda ajustado totalizou 952 milhões de reais, forte crescimento de 47,4% em relação ao quarto trimestre de 2018.
Outro destaque positivo foi a redução significativa de 8% nas despesas operacionais em 2019, com redução no quadro de funcionários de 1.046 colaboradores.
O lucro líquido somou R$ 96 milhões no trimestre e R$ 2,2 bilhões em 2019, queda de 30,8% em relação a 2018.
O resultado foi bom, acima do esperado, no entanto, o dia será bem negativo para o mercado. Com isso, esperamos uma queda menor no preço das ações (BRDT3) no curto prazo que o Ibovespa.
Depois da sua “privatização” com a venda das ações da Petrobras na empresa, a BR Distribuidora mudou a sua estratégia comercial e de precificação de combustíveis, mudou a gestão de pessoas (com planos de desligamento voluntário) e melhorou a sua operação.
Tudo isso se traduziu no melhor resultado de Ebitda por metro cúbico desde a abertura de capital (IPO) da companhia: Ebitda por metro cúbico de 104 reais, sem efeitos não recorrentes no montante de R$ 57 milhões.
A companhia possui um nível de endividamento baixo, com relação dívida líquida/Ebitda de 1,4 vezes em dezembro de 2019.
A BR Distribuidora espera redução de custos com pessoal da ordem de R$ 650 milhões por ano a partir de 2021. A melhora de eficiência operacional da companhia é um dos principais catalisadores para o preço das ações.
Be First to Comment