O último evento do presidente da República, Jair Bolsonaro, na visita a Miami, nos Estados Unidos, estava marcado para começar às 9h30 (de Brasília) desta terça-feira, 10. Às 9h40, seis das 25 mesas reservadas a empresários e investidores ainda estavam completamente vazias. Ao chegar, o presidente fez um discurso para menos de 100 convidados, no qual negou que haja uma crise com a reação dos mercados à queda violenta no preço dos barris de petróleo e disse que “muita coisa é fantasia”, ao falar sobre coronavírus.
Alguns integrantes da comitiva presidencial sentaram nas mesas ao fundo, ainda vazias, quando Bolsonaro começou a discursar.
A conferência desta terça-feira foi organizada pelo empresário Alvaro Garnero que, junto com o pai, articulam o apoio ao presidente nos Estados Unidos desde antes da eleição.
A plateia tinha analistas de investimentos, o ex-lutador de UFC Vitor Belfort, o ex-piloto Emerson Fittipaldi, e alguns empresários que já haviam comparecido no dia anterior, em evento com o presidente organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex.
Fittipaldi e Belfort também já haviam encontrado Bolsonaro nos eventos prévios realizados desde domingo.
Analistas presentes na reunião com empresários comentavam nos bastidores que não encontraram nomes do alto escalão de grandes empresas entre os convidados.
A agenda da visita à Miami foi confirmada de última hora, mas já havia sido ensaiada pelo Planalto desde o ano passado. Bolsonaro teve o voto de 90% dos eleitores brasileiros na Flórida no segundo turno das eleições de 2018.
Por Beatriz Bulla, enviada especial
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