O presidente Jair Bolsonaro esteve há pouco em uma churrascaria em Miami, na Flórida, onde encontrou o bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, com quem conversou. Em vídeo postado no Twitter pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente é aplaudido no restaurante e depois aparece conversando de pé com Emerson, a princípio sobre o rompimento de contrato de patrocínio da Petrobras com a McLaren, equipe de Fórmula 1.
“Acaba com esse negócio, vai lá: não tinha cláusula de rescisão (no contrato). A que ponto estavam as instituições, loteadas por partidos políticos no Brasil… Não estou atacando o Congresso, mas um costume, uma praxe, um vício que tinha lá. Todo mundo, ah, tem que mudar o Brasil, mas com as mesmas práticas não dá”, disse Bolsonaro ao lado de Fittipaldi. “Quem que assiste uma Fórmula 1 no Brasil sem um brasileiro?”, acrescentou.
Em seguida, Bolsonaro passou a falar dos preços dos combustíveis e dos pedágios elevados. “Emerson, pela quinta vez no ano baixamos o preço do combustível (da Petrobras); a última foi cinco por cento na refinaria. Sabe quanto baixou na bomba? Zero. Esse é o Brasil, e quando eu falo de quem é a responsabilidade, pessoal faz listinha, assinam 15, 20 personalidades para dar pancada em mim: ‘Eu tô atingindo governador’. Não estou atingindo, estou mostrando uma realidade”, afirmou. “Pois eu quero, se for depender de mim, que o ICMS incida na origem, no preço do combustível na refinaria.”
“Agora, vão conhecer a verdade, quem paga a conta é a ponta da linha, não é apenas o consumidor mas (também) alguém que paga mais porque o frete ficou mais caro”, disse o presidente, acrescentando que o Brasil tem os “pedágios mais caros do mundo e as piores estradas” – e que parte disso não deu para mudar por causa de “grupos incrustados no governo”.
Por Luís Eduardo Leal
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