O discurso de ambiental é hoje um “ingrediente na guerra comercial pelo mercado global”, de acordo com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. Em discurso na abertura do seminário “Agro em Questão”, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, ele afirmou: “Além de recorrer a inúmeras barreiras tarifárias e sanitárias para fazer frente ao comércio de grãos e carnes, onde o Brasil se destaca como um dos líderes mundiais, países e entidades ambientais utilizam meias-verdades pra tentar macular o agro brasileiro.”
Para resolver esse problema, o vice-presidente falou que é necessário que o Congresso vote com urgência a Medida Provisória 910, que trata da regularização fundiária, “para que o Estado possa ter meios legais de responsabilizar os proprietários pela preservação de suas áreas coibindo excessos ou crimes ambientais”.
Ele também falou do Conselho da Amazônia Legal, criado pelo presidente Jair Bolsonaro e que Mourão foi designado para comandar. A criação do conselho “vem em boa hora como resposta às especulações e distorções sobre a preservação ambiental daquele bioma e a pretensa relação de sua degradação com o aumento da fronteira agrícola e o agronegócio brasileiro”, disse ele.
Em outros momentos do discurso, Mourão falou sobre a importância de se preservar o meio ambiente. “Por prioritária que seja a expansão da produção agrícola, este governo enfrentará o desafio de equalizar os interesses setoriais da atividade agropastoril e as justas demandas da preservação ambiental, desconstruindo discursos que tendem a estigmatizar o Brasil no concerto das nações”, comentou.
Quanto ao agronegócio, ele destacou conquistas do governo Bolsonaro, como investimento em produção, redução das amarras, queda no custo Brasil, melhora da estrutura para escoamento de produção e mais segurança para o produtor.
Outros desafios, segundo Mourão, são os sanitários, de genética, plantio direto, cadeias integradas e outros.
Por Augusto Decker
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