O mercado futuro de juros apresenta alguma volatilidade nas taxas dos vencimentos intermediários e longos na manhã desta sexta-feira, 28, refletindo as incertezas dos mercados em meio ao risco de pandemia do novo coronavírus. Na quinta-feira, dia de instabilidade no mercado, as taxas desses vértices haviam recuado no horário regular de negócios, acompanhando melhora pontual na aversão ao risco. Hoje, a alta persistente do dólar no exterior e no Brasil, mesmo com as intervenções do Banco Central, favorece uma alternância entre estabilidade e leve reposição dos prêmios de risco.
Às 9h44, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 4,14%, ante 4,16% do ajuste de quinta-feira. O DI de janeiro de 2023 projetava 5,29%, de 5,27% da taxa de ajuste anterior. No vencimento de janeiro de 2025, a taxa estava em 6,15%, de 6,12%.
“Visto o enorme risco advindo de os investidores entrarem no final de semana sem adotar posicionamentos defensivos, acreditamos que os mercados internacionais terão uma sexta-feira de enormes dificuldades, o que deverá provocar a concretização do cenário traçado para o dia de hoje”, diz a Renascença Corretora em análise da manhã.
No noticiário doméstico recente, destaque para o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que caiu 1,7 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, para 94,4 pontos, na série com ajuste sazonal. Já o Índice de Confiança da Indústria (ICEI) avançou pela quarta vez consecutiva em fevereiro e subiu 0,5 ponto. Os índices são medidos pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por Paula Dias
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