A Oi quer rever seu plano de recuperação judicial. A empresa telefônica (OIBR3, OIBR4) informou na manhã desta sexta-feira (28) que protocolou um pedido de convocação de Assembleia Geral de Credores. A intenção é rever o seu plano de recuperação judicial. A meta da empresa telefônica é obter maior flexibilidade operacional e financeira “para continuar seus projetos de investimento e o cumprimento de seu plano estratégico de transformação”.
Segundo o comunicado da empresa, “a Oi reitera seu compromisso na execução de seu plano estratégico com foco na massificação da fibra óptica no Brasil, e em negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro”.
A execução do plano estratégico inclui reorganizar tanto as operações quanto a estrutura societária. A companhia informa que já foram obtidos resultados positivos nos indicadores operacionais e financeiros, e que eles vão acelerar ao longo de 2020 e se consolidar em 2021. Os resultados do quarto trimestre de 2019 serão divulgados somente no dia 26 de março.
Segundo analistas, as ações da Oi deverão ser beneficiadas no curto prazo se o assunto for aprovado em uma assembleia cuja data ainda precisa ser confirmada. A decisão coloca a empresa no caminho da reestruturação dos seus negócios. No entanto, o risco é considerado elevado, pois o endividamento da Oi é elevado e, para manter-se competitiva, a empresa precisa realizar investimentos relevantes. Como a ação continua sendo negociada abaixo de R$ 1,00 (“penny stock”), sua volatilidade é bastante alta.
O primeiro passo já foi dado: a venda da sua participação na empresa angolana Unitel. Porém, para seguir reduzindo seu nível de endividamento, a empresa ainda depende do processo de venda de ativos, principal catalisador da empresa no curto prazo.
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