O Índice de Confiança da Indústria (ICEI) avançou pela quarta vez consecutiva em fevereiro e subiu 0,5 ponto, na série com ajuste sazonal, segundo informou nesta sexta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador atingiu 101,4 pontos, mesmo nível de março de 2018.
A confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados e, com o resultado, o indicador acumula avanço de 6,0 pontos desde outubro de 2019.
O levantamento captou uma melhora da percepção do empresários sobre a situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA) foi o destaque positivo entre os componentes do ICEI, avançando 1,2 ponto, para 100,9, maior valor desde outubro de 2013 (101,6).
A melhora no componente foi puxada pela percepção dos empresários sobre a demanda, que subiu de 97,7 para 100,9 pontos, maior nível desde dezembro de 2013 (101,8). O indicador que mede a confiança com a situação atual dos negócios aumentou 1,9 ponto, para 101,9, e o que mede o nível de estoques caiu 1,6 ponto, para 99,9.
“Para os próximos três meses, no entanto, a sondagem indica certa cautela por parte dos empresários. Lembro que a pesquisa de fevereiro foi produzida com dados coletados até o dia 21 deste mês, não capturando, portanto, a piora do cenário econômico mundial com a divulgação de casos de coronavírus na Europa e no Brasil”, diz a economista Renata de Mello Franco, da FGV, em nota.
O Índice de Expectativas (IE) recuou 0,2 ponto em fevereiro, para 101,8 pontos, puxado pela queda de 3,0 pontos no indicador de produção prevista, para 99,6 pontos, abandonando o campo de confiança positiva.
Entre os outros componentes do IE, tiveram ganho de confiança em fevereiro as perspectivas sobre a evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses, que subiu 1,4 ponto, para 104,9, e o volume de pessoal ocupado nos próximos três meses, que avançou 1,0 ponto, para 101,0.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,5 ponto porcentual, para 76,2%, mesmo nível de outubro de 2018. Em médias móveis trimestrais, o Nuci avançou 0,3 ponto porcentual, de 75,4% para 75,7%.
Por Cícero Cotrim
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