As empresas da B3 perderam R$ 290 bilhões em valor de mercado na quarta-feira 26, primeiro pregão após os feriados de carnaval. Um levantamento da empresa de informações financeiras Economatica mostra que o dia de ajuste ao coronavírus custou caro aos investidores brasileiros. Na ponta do lápis, as quedas das cotações de todas as empresas listadas na bolsa fizeram evaporar o equivalente ao valor de um Itaú Unibanco ou de dois Santander Brasil.
Os percentuais das vinte maiores perdas oscilaram entre 4,3%, caso do banco BTG Pactual, e 10,6%, caso da empresa siderúrgica Gerdau. Em termos absolutos, a maior perda de valor ocorreu com a Petrobras, cuja capitalização encolheu R$ 39,2 bilhões, caindo de R$ 392,8 bilhões para R$ 353,6 bilhões.
O que esperar para os próximos pregões? Na prática, os fundamentos da economia brasileira permanecem sólidos. Apesar do crescimento fraco, a inflação está sob controle e o mercado não descarta novos cortes na taxa referencial de juros Selic.
Tudo isso favorece o lucro das empresas. O único ponto a avaliar é que a apreciação do dólar, que fechou a R$ 4,44, alta de 1,1% em relação à sexta-feira, não vai beneficiar as companhias exportadoras como de costume. As companhias que dependem do comércio exterior serão prejudicadas pela desaceleração da economia nos Estados Unidos e na China.
Por isso, não há apostas óbvias. Há grandes oportunidades de lucro na mesa, mas é para investidores com paciência para esperar e estômago para suportar emoções fortes.
Be First to Comment