Apesar da melhora – ainda que irregular pelo País -, a construção civil está longe de demonstrar o vigor que apresentava em seu auge, nos primeiros anos da década. Hoje, o nível de emprego no setor equivale a 69% do registrado em dezembro de 2012. A Região Sul é a que está mais próxima do patamar de sete anos atrás, com 83%, já a Norte, a mais longe, com 57,8%.
Até nos Estados onde a recuperação dá sinais mais convincentes, ainda se nota um certo desânimo entre os empresários. “É uma recuperação lenta. Foram 20 trimestres de queda. Só no fim do ano passado começou a melhorar”, diz Marcos Kahtalian, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná.
No Paraná, o total de empregados no setor corresponde hoje a 80% do registrado no fim de 2012, segundo dados do SindusCon-SP. É o terceiro melhor resultado do País, atrás de Roraima e Santa Catarina.
O empresário paranaense Hamilton Franck, dono da incorporadora H. Franck, conta que havia suspendido os lançamentos desde 2016. Retomou no ano passado, com dois projetos que somam 200 apartamentos.
O número de unidades já é o mesmo do pré-crise, mas o faturamento deve ficar 25% abaixo, porque os preços de venda recuaram.
Há, porém, Estados sem nenhum motivo para alívio. A situação mais difícil é a de Rondônia, onde o número de empregos na construção equivale a 28,2% ante dezembro de 2012. Lá, porém, é improvável que se volte ao patamar recorde. “É um Estado mais complicado, porque teve grandes obras de infraestrutura que impulsionaram o mercado imobiliário”, lembra a economista Ana Maria Castelo, do Instituto Brasileiro de Economia.
Depois de Rondônia, Pernambuco e Rio são os Estados mais longe do nível pré-crise, com 42,6% e 56,1%. Em São Paulo, equivale a 76,9% do observado em dezembro de 2012 . As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Luciana Dyniewicz
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