Autoridades de 12 cidades no norte da Itália começaram a tomar medidas restritivas neste sábado, após o país contabilizar a segunda morte por coronavírus em meio ao crescente número de infectados que não tinham vínculos direto com a origem do vírus. Ao todo, 25 pessoas estão infectadas.
Os contágios secundários levaram as autoridades locais nas cidades da Lombardia e
Veneto a pedirem que escolas, empresas e restaurantes fiquem fechados e que eventos esportivos e missas fossem cancelados. O prefeito de Milão, a capital comercial da Itália, manteve os escritórios públicos fechados.
Centenas de pessoas que entraram em contato com mais de 25 pessoas que estiveram em contato com pessoas infectadas estão isoladas, aguardando resultados dos testes, enquanto equipes montam um acampamento em frente a um hospital fechado em Veneto para rastrear a população.
Na cidade de Codogno, onde foi identificado o primeiro paciente em estado crítico, a avenida principal está vazia, com supermercados, restaurantes e empresas fechadas. As poucas pessoas nas ruas estavam usando máscaras, que já estão em falta nas farmácias.
Até o momento, sete casos foram relatados na região de Veneto, incluindo o de um
homem de 78 anos que morreu ontem, disse o prefeito da cidade, Luca Zaia. Alguns dos infectados estavam relacionados ao homem que morreu.
Zaia disse neste sábado que o contágio mostrou que o vírus é transmitido como qualquer outra gripe, e que tentar identificar uma única fonte de infecção
ou links diretos com a China não é mais eficaz.
As autoridades estão pedindo calma, mas reconhecem que o número é alarmante, dado
os contágios secundários. O primeiro homem a ser confirmado como infectado em
Lombardia se encontrou com alguém que retornara da China em 21 de janeiro, mas
permanece sem sintomas. O homem infectado trabalhava em uma fábrica da Unilever perto de Codogno, e mais de 100 de seus colegas estão sendo mantidos isolados enquanto aguardavam os resultados dos testes.
Fonte: Associated Press
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