O resultado do quarto trimestre de 2019 da SulAmérica (SULA11) foi bom e veio em linha com as expectativas em termos de lucro líquido, que totalizou R$ 453 milhões no trimestre e R$ 1,2 bilhão em 2019, aumento de 30,7% em relação a 2018.
O principal ponto positivo foi a melhora na margem bruta operacional, com aumento de 15,8% no lucro bruto, impulsionado pela queda no índice de sinistralidade (74,3%) com ganho de 0,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2018.
No lado negativo destaque para o aumento das despesas operacionais e queda no resultado financeiro.
A carteira de beneficiários de planos de saúde e planos odontológicos atingiu 4 milhões de beneficiários, crescimento de 17,3% em relação a dezembro de 2018.
A receita operacional totalizou R$ 5,8 bilhões, crescimento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O lucro líquido foi positivamente afetado por uma reversão de passivo fiscal diferido no valor de R$ 50 milhões.
Outro ponto positivo foi a rentabilidade do portfólio de ativos próprios: 122,5% do CDI no trimestre e 116,8% do CDI em 2019. A Sulamérica encerrou 2019 com um total de R$ 46 bilhões em ativos sob gestão, aumento de 10,7% em relação a 2018, com forte aumento em ativos de terceiros e fundos de previdência.
Esperamos impacto ligeiramente positivo no preço das ações (SULA11) no curto prazo, pois parte do aumento da rentabilidade da companhia, com retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 17,6%, já está incorporadora ao preço das ações.
A companhia entregou um dos melhores resultados em termos de redução nos índices de sinistralidade desde 2010, com bom controle sobre as despesas operacionais, que diminuíram como percentual da receita: 8,3% em 2019 (8,7% em 2018).
A venda de divisão de seguros de automóveis para a Allianz deverá ser concluída no terceiro trimestre de 2020.
O resultado teve a ajuda de alguns itens não recorrentes, mas mesmo assim a companhia conseguiu melhorar a rentabilidade na sua operação. Acreditamos que a companhia está no caminho certo para o crescimento dos lucros no futuro.
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