A psicóloga e colunista do jornal O Estado de S. Paulo Rosely Sayão defende que professores não possam manter celulares pessoais em sala de aula. Ao comentar o caso da St. Nicholas School, ela argumenta que, ao lidar com crianças e adolescentes, é preciso ter cuidado extremo. “Nem estou pensando no pior, às vezes uma brincadeira entre eles e se tira uma foto do grupo todo no celular do professor. Isso já é uma violação de privacidade e adolescentes e crianças não sabem defender a sua privacidade.”
A discussão sobre privacidade, segundo a especialista, é fundamental. “O que tem sido difícil é ensinar o limite entre privacidade e convívio social. Tudo colabora para destruir isso: reality shows, redes sociais, e os pais muitas vezes publicam fotos do filho sem perguntar nada a ele”, afirma.
Para o psiquiatra da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Mori, os pais devem escutar o que os filhos têm a dizer sobre o assunto, caso tenham ouvido sobre a história do professor da St. Nicholas. “Para tentar entender o que está passando pela cabeça daquele adolescente. É medo, repulsa, curiosidade? E abrir espaço para o diálogo, explicar o que aconteceu e que não é certo.”
Ele explica que pedofilia é um diagnóstico psiquiátrico e que nem sempre é possível perceber algo errado com a pessoa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Renata Cafardo
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