O faturamento do carnaval paulistano deve crescer 25,8% em 2020, informou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio).
Em 2019, o carnaval paulistano movimentou R$ 720 milhões, e deve movimentar R$ 906 milhões em 2020 incluindo comércio, serviços e turismo. O cálculo inclui os gastos com hospedagem, alimentos, bebidas e medicamentos, além das fantasias e acessórios.
Segundo Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio, o crescimento do número de blocos deve levar a cidade à liderança do carnaval de rua no Brasil. “Essa é uma conquista importante para a cidade, que sempre foi um tradicional exportador de turistas nessa época”, diz ela. “O carnaval paulistano traz recursos para o comércio e para os serviços, aquecendo a economia em um período fraco no município.”
A estimativa de crescimento do movimento do carnaval é bem superior à projeção para o varejo como um todo, que deve crescer 5% em fevereiro em relação a janeiro. O movimento dos supermercados e das lojas de vestuário pode crescer, respectivamente, 2,5% e 6%. Também é superior ao crescimento da economia como um todo, estimada em cerca de 2,4% em 2020 na comparação com 2019.
Na avaliação da Federação, os foliões estão mais dispostos a gastar devido ao quadro econômico mais favorável, com mercado de trabalho aquecido e aumento da oferta de crédito.
Os preços, no entanto, estarão salgados. Nos 12 meses até janeiro, a média de preços avançou 2,58% acima da inflação medida pelo IPCA-15. A maior alta foi registrada nos preços da carne, que avançaram 27%, seguida pelo etanol, que ficou 8,18% mais caro.
Já os preços dos refrigerantes e das águas caíram 5,88% e o preço da cerveja recuou 4,11%. Por isso, os foliões que quiserem manter a mesma média de gastos terão de abrir mão do tradicional churrasco, por exemplo.
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