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Bolsonaro diz que vai avaliar texto da reforma administrativa esta noite

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no início da noite desta terça-feira, 18, que vai passar a noite estudando a proposta de reforma administrativa que o governo pretende encaminhar ao Congresso esta semana.

“Vou papirar (estudar) hoje à noite. Vou estudar a noite toda hoje, peguei o consolidado agora”, disse o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada, uma das residências oficiais da Presidência.

Há pouco, Bolsonaro se reuniu com ministros para tratar da matéria. Ele chegou a cancelar um evento sobre o Programa Mais Brasil para discutir a reforma com sua equipe. O cancelamento foi anunciado cerca de meia hora antes do evento, quando os convidados já chegavam ao Palácio.

No final do dia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo sinalizou que enviará a proposta com mudanças nas regras dos servidores públicos nesta quinta-feira. A ideia é conseguir encaminhar a reforma antes do feriado de carnaval.

Mais cedo, em evento no Palácio do Planalto, o presidente falou sobre a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. A declaração ocorreu dias após Guedes causar polêmica e chamar os servidores públicos de “parasitas”, o que o levou a fazer sucessivos pedidos de desculpas e a esclarecer que desejava chamar o “Estado” de parasita.

“Se Paulo Guedes tem alguns problemas pontuais e sofre ataques, é muito mais pela sua competência do que por possíveis deslizes, que eu também já cometi muito no passado. O Paulo não pediu para sair, tenho certeza de que ele vai continuar conosco até o último dia. Ele não é militar, mas foi um jovem aluno do colégio militar de Belo Horizonte”, afirmou Bolsonaro em cerimônia de posse de ministros.

Sobre a fala, Bolsonaro evitou esclarecer por que mencionou a permanência de Guedes no discursos e disse a jornalistas que “é só ver o vídeo”.

Na semana passada, Guedes causou outra polêmica ao afirmar que o dólar mais barato estava prejudicando as exportações e permitindo que “todo mundo”, inclusive “empregadas domésticas” pudessem ir para a Disneylândia.

Por Julia Lindner

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