A Cosan apurou lucro líquido de R$ 792,5 milhões no quarto trimestre de 2019, número 40,3% menor que os R$ 1,327 bilhão de um ano antes. No acumulado do ano passado, a companhia teve lucro de R$ 2,425 bilhões, avanço de 46,8% ante 2018. A companhia divulgou ainda o lucro ajustado, que no trimestre ficou em R$ 392 milhões, recuo de 46,3%. No ano, ficou em R$ 1,593 bilhão, alta de 23,5%.
A companhia apresentou também o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) nos critérios reportado e ajustado. No primeiro, o número ficou em R$ 2,099 bilhões entre outubro e dezembro, queda de 6,2% na comparação anual. Em 2019, o indicador ficou em R$ 7,157 bilhões, alta de 38,4%.
No critério ajustado, o Ebitda do quarto trimestre ficou em R$ 1,372 bilhão, queda de 7,5%. No ano, o valor foi de R$ 5,626 bilhões, crescimento de 11,5%.
Os ajustes excluem efeitos de resultados não realizados na Raízen Combustíveis e Raízen Energia, além de baixa de ativos e encerramento de disputas judiciais na Comgás, e outros efeitos pontuais.
Antes da divulgação, a expectativa era de resultados positivos para a companhia, com destaque para a Raízen Combustíveis, em decorrência dos preços fortes do etanol no Brasil e o avanço do açúcar no mercado internacional.
No fim de janeiro, o BTG elevou o preço-alvo da ação da Cosan de R$ 70 para R$ 85, incorporando menor custo de capital e a perspectiva de receitas extras com o RenovaBio. Este mês, relatório do Credit Suisse reafirmou expectativa de fortes resultados no quarto trimestre de 2019. Nesta sexta-feira, 14, a XP Investimentos mudou o preço-alvo da empresa de R$ 68 para R$ 83 levando em conta premissas macroeconômicos e dados de hedge de açúcar da Raízen Energia.
A receita líquida da Cosan cresceu 12,9% no quarto trimestre, na comparação anual, para R$ 19,410 bilhões. No ano, as receitas somaram R$ 72,979 bilhões, avanço de 22,3%.
A Cosan investiu R$ 801,9 milhões no quarto trimestre, e R$ 3,062 bilhões em todo o ano passado, números que representam crescimentos de 15,5% e 26,8%, respectivamente. A empresa gerou R$ 2,448 bilhões em caixa entre outubro e dezembro, ante queima de R$ 560,3 milhões no mesmo período de 2018.
O resultado financeiro ficou negativo em R$ 160 milhões no trimestre, ante resultado positivo de R$ 391,3 milhões de um ano antes.
A dívida líquida aumentou 8,4% em 12 meses, para R$ 13,206 bilhões. Em três meses, o crescimento foi de 1,9%. Assim, a alavancagem da Cosan, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, chegou a 2 vezes em dezembro, contra 1,9 vez em setembro e 2,1 vezes em dezembro de 2018.
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Por Renato Carvalho e Augusto Decker
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