Mercados internacionais operam nessa manhã sem direção única, com ligeiras altas nos índices de Ásia e futuros dos EUA e bolsas europeias em grande parte estáveis. O Ibovespa fechou ontem em queda de -0,87%.
O petróleo tipo Brent opera em alta de +1,35%, aos US$57,11, refletindo expectativas de que o impacto do Coronavírus sobre a demanda da commodity não se extenda por muito tempo, e de que a OPEP + reaja para evitar riscos de excesso de oferta de preços. Nesse sentido, notícias apontam que a OPEP poderia responder ao cenário atual aumentando o patamar de cortes de produção para 2,3 milhões de barris por dia (mbpd), ante os 1,7 mbpd acordados na última reunião do grupo em 6 de dezembro de 2019.
Na Zona do Euro, o PIB do quarto trimestre de 2019 reforçou a mensagem de fragilidade da economia europeia ao apresentar expansão de 0,1% ante o terceiro trimestre do mesmo ano. Na comparação com o mesmo período de 2018, o PIB da região apresentou expansão de 0,9%, levemente abaixo do consenso de mercado, de 1%.
No Brasil, o setor de serviços apresentou queda de 0,4% na comparação mensal de dezembro, levemente acima da expectativa de mercado. Na agenda de indicadores econômicos, o destaque de hoje será a divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central, que, influenciado negativamente pela fragilidade dos indicadores setoriais em dezembro, deve apresentar queda de 0,3% entre novembro e dezembro de 2019.
Sobre o dólar, um dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que “um dólar mais alto é bom para todo mundo”, o Banco Central do Brasil atuou para abaixar a cotação do dólar, que chegou a R$ 4,38 na manhã de ontem. A intervenção, realizada através de uma operação de US$ 1 bilhão em contratos de dólar futuro, reduziu a moeda para R$ 4,33. Uma nova injeção de liquidez de US$ 1 bilhão em swap no mercado futuro está prevista para ser realizada hoje, às 9h30. A expectativa é que a intervenção, pelo segundo dia consecutivo, ajude a aliviar o câmbio.
Na agenda de empresas, a XP Investimentos publicou relatório fornecendo uma análise detalhada sobre as principais tendências do mercado de combustíveis no Brasil. Além disso,atualizou as estimativas e realizou a prévia dos resultados do 4T19 para Cosan (CSAN3) e Ultrapar (UGPA3). A XP manteve a recomendação de compra nas ações da Cosan, com preço-alvo de R$83/ação e recomendação neutra nas ações da Ultrapar, com preço-alvo de R$24/ação.
Além disso, o Banco BMG reportou resultados ruins para o último trimestre de 2019 (4T19), impactado por provisões relacionadas a processos de clientes. O lucro veio em R$ 74 milhões (vs. estimativa de R$ 94 milhões), resultando em um retorno sobre patrimônio líquido de 9%. A XP também manteve a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13,89, devido as expectativas de melhoras operacionais para 2020.
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