A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Lâmpades para desarticular a ala feminina da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na Região Norte. As investigações apontam que mulheres passaram a ocupar “posições estratégicas” no comando da facção porque o grupo acredita que elas estariam menos suscetíveis a prisões. As mulheres estariam exercendo funções como o controle e a guarda de drogas e armas de fogo, o estabelecimento de relacionamento entre os criminosos e até a indicação de membros para setores específicos.
O braço feminino na Região Norte seria comandado por duas foragidas do Estado de São Paulo, com mandados de prisão por roubo e tráfico de drogas. Algumas suspeitas poderiam estar envolvidas com os “tribunais do crime”.
Mais de 80 policiais federais cumpriram 14 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Boa Vista; Tauaracá, no Acre; São Paulo e Guarulhos. Os mandados foram expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Justiça Estadual em Roraima.
Faculdade
A PF acredita que a facção pagaria a mensalidade da faculdade de Direito a uma das suspeitas para defender “interesses de membros da facção” frente a órgãos públicos relacionados à execução de sentenças e ao dia a dia prisional”. Ela também seria responsável por estabelecer relações entre integrantes presos com aqueles que estão fora dos presídios.
As investigadas poderão responder à Justiça por organização criminosa, com penas aumentadas pelo uso de armas de fogo e agravadas pelo exercício do comando de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Se condenadas, as penas podem ultrapassar os 25 anos de prisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Pedro Prata
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