O presidente da Associação dos Funcionários do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Arthur Koblitz, disse que a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes comparando o funcionário público a um “parasita” que vem matando o hospedeiro não afeta os funcionários do banco, conhecidos por sua excelência.
Ele disse ter achado curioso, no entanto, que o ministro tenha essa opinião, já que normalmente quem tem fama de parasita é quem veio do mercado financeiro.
“O ministro fez toda a sua vida no mercado financeiro, curioso ele falar isso, porque quem tem essa fama de parasita é o mercado financeiro”, disse Koblitz ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
A declaração de Guedes foi dada nesta sexta-feira pela manhã a um auditório lotado na Fundação Getulio Vargas (FGV) em um seminário sobre pacto federativo, sendo muito aplaudido.
Ao defender a reforma administrativa, que segundo o ministro seguirá na próxima semana para o Congresso e prevê o fim da estabilidade do funcionalismo público, entre outras mudanças, Guedes disse que “o cara funcionário público virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo”.
Segundo ele, “80% da população brasileira é a favor inclusive da demissão do funcionário público”, disse sem informar a fonte do dado citado.
Mais tarde, o ministro recuou e em nota oficial alegou que a declaração foi colocada fora de contexto, mas reconheceu ter afirmado que o País “não pode mais continuar com políticas antigas de reajustes sistemáticos”, entre outras críticas ao atual sistema público do País.
Segundo o presidente da AFBNDES, todo o setor público brasileiro é concursado e portanto selecionado por mérito. “No caso do BNDES é quase uma unanimidade a qualidade de seus funcionários””, reforçou.
Por Denise Luna
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