Diante da epidemia mundial do novo coronavírus, com epicentro na China, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou nesta quinta-feira, 6, a instalação de um centro de vigilância emergencial na fronteira do Brasil com a Venezuela.
De acordo com Mandetta, o ministério enviará pessoas para instalar um centro de operações de emergências e treinar profissionais locais. A estrutura já estava nos planos da pasta, mas o coronavírus agilizou a organização. O núcleo de vigilância deve ser instalado em Pacaraima (RR), mas ainda não há prazos e informações técnicas confirmadas, afirmou o ministro após reunião com secretários estaduais e municipais.
A entrada de venezuelanos no País por Roraima aumentou o risco da ocorrência de sarampo, dengue e difteria, doenças identificadas na Venezuela, de acordo com o chefe da pasta. O centro de vigilância, neste caso, seria necessário pela migração e pela falta de informações do país vizinho. “Está difícil para nós hoje em questão de saúde porque os venezuelanos desmancharam, derreteram o sistema de saúde deles. Você não tem nem com quem falar do outro lado”, disse Mandetta.
O governo brasileiro pediu que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), vinculada às Nações Unidas, faça uma intermediação com a Venezuela para que o Brasil tenha informações mínimas sobre saúde do país vizinho. Com os demais territórios fronteiriços, afirmou o ministro, o País está em diálogo para uma prevenção conjunta de casos do coronavírus.
Vacinação
Durante a reunião, secretários municipais pediram que a campanha de vacinação contra a gripe seja antecipada neste ano. A justificativa foi que a imunização poderia descartar casos suspeitos do coronavírus. Em 2019, a campanha começou oficialmente no dia 10 de abril. O ministro afirmou que a vacinação já está prevista para começar em março com grupos prioritários, como idosos, e deve ser concluída até o fim de abril. O início, porém, depende do fornecimento das vacinas pelo Instituto Butantan.
Por Daniel Weterman
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