Um dos grandes destaques da terça-feira (4) foi a confusão que se instaurou na apuração das caucuses de Iowa, o primeiro Estado a votar nas primárias democratas americanas (Trump já é, virtualmente, o candidato republicano).
Tudo começou quando o resultado das votações foi prejudicado por um erro na tecnologia do aplicativo que deveria indicar o vencedor. Aparentemente, o aplicativo foi desenvolvido às pressas e mais dificultou do que facilitou o processo de escolha. Com isso, os resultados foram adiados na noite da segunda-feira (3) e divulgados, parcialmente, na noite desta terça (4).
Na noite de ontem, apenas 62% das urnas haviam sido apuradas e confirmadas. Até o fechamento desta nota, o percentual subiu para 71%. Segundo os organizadores do caucus de Iowa, há registros que confirmam os votos ainda não apurados – descartando qualquer possibilidade do pleito ser cancelado. Até agora, Pete Buttigieg lidera o estado com 26,8% dos “State Delegates Equivalent”, seguido por Bernie Sanders (25,2), Elizabeth Warren (18,4) e Joe Biden (15,4).
Segundo as estimativas do “The New York Times”, o resultado parcial dá ao prefeito de South Bend, Indiana, 81% de probabilidade de ganhar a maioria dos delegados que irão os representar na convenção nacional do partido e, enfim, escolher o presidenciável que enfrentará Trump.
O episódio de Iowa apresenta diversas consequências. Entre elas, a vitória de Buttigieg em detrimento do péssimo desempenho de Biden, o que pode significar uma mudança no candidato preferido do eixo mais moderado dos democratas. O desempenho abaixo do esperado de Biden também é positivo para Bloomberg, que não pontuou em Iowa por priorizar outros estados das primárias.
Sanders foi conforme o esperado e se consolida como a opção mais à esquerda dos democratas. Warren, apesar de ter tido um desempenho medíocre, ainda não está fora da corrida. Para mais detalhes das primárias em Iowa, não deixe de ler a minha coluna do próximo sábado.
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