O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chega nesta quarta-feira, 5, a Washington, nos Estados Unidos, para participar do lançamento oficial da Aliança de Promoção da Liberdade Religiosa Internacional. Além do governo brasileiro, participam representantes de Estados Unidos, Polônia e Hungria – nações com as quais o Brasil tem estreitado relações desde o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro.
O anúncio da viagem de Ernesto Araújo foi feito na tarde de terça-feira, 4, em Brasília, após encontro bilateral com o chanceler polonês Jacek Czaputowicz. No comunicado conjunto, os dois países afirmaram que têm princípios e valores comuns e dividem valores como liberdade, democracia e economia de mercado. O documento lembra que há cerca de dois milhões de brasileiros com origem polonesa e que as relações bilaterais completam 100 anos em 2020.
Também enfatizaram que as duas nações estão comprometidas a trabalhar juntos para fortalecer as suas “identidades nacionais”. “O Brasil e a Polônia estão profundamente comprometidos com a liberdade religiosa no mundo”, diz um trecho do texto.
O documento também lembra das discussões ocorridas na 74ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, quando Brasil e Polônia participaram de um seminário sobre liberdade religiosa com a presença de líderes como Donald Trump, presidente dos EUA.
Após a visita, o presidente Jair Bolsonaro também comunicou que irá à Polônia ainda em 2020. A Polônia é governada desde 2015 pelo Partido da Lei e Justiça (PiS), que chegou ao poder no auge da crise migratória do país e foi reeleito ano passado. A Polônia tem 40 milhões de habitantes e é a quinta economia da União Europeia.
Em maio de 2019, Ernesto Araújo visitou a Polônia, a Hungria e a Itália, onde há movimentos conservadores e nacionalistas com os quais o governo brasileiro se identifica. A viagem foi antecedida por outra de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filho do presidente, que, na época, afirmou estar em uma missão para “reforçar a cruzada contra o socialismo no mundo”. Eduardo não foi à Polônia na ocasião.
Por Paulo Beraldo
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