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Bradesco tem lucro de R$ 6,6 bilhões no quarto trimestre de 2019

(Foto: Bradesco)

O Banco Bradesco (BBDC3, BBDC4) divulgou na manhã desta quarta-feira (5) seu resultado do quarto trimestre de 2019. A carteira de crédito expandida do banco cresceu para R$ 605 bilhões, alta de 13,8%  em relação ao quarto trimestre de 2018. O crescimento no segmento pessoa física foi expressivo, com uma expansão de 19,2%, para R$ 232 bilhões.

O custo de crédito, medido pelas despesas de provisão, cresceu marginalmente 2,8% para R$ 4,6 bilhões no trimestre. O spread do banco manteve-se em 7,2% e a inadimplência acima de 90 dias melhorou 0,2 pontos percentuais para 3,3%.

As receitas de serviços do banco cresceram 4,7% para R$ 8,8 bilhões, beneficiadas pela linha de assessoria financeira e de administração de consórcios. O índice Basiléia do Bradesco caiu 1,3 ponto percentual na comparação anual para 16,5%.

O lucro líquido recorrente atingiu R$ 6,6 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 14% com relação ao mesmo período do ano passado, e o ROE cresceu 1,5 ponto percentual para 21,2%.

O resultado do Bradesco foi em linha com as expectativas. É importante mencionar que, mesmo em um cenário mais competitivo e com juros nas mínimas históricas, o banco manteve seu spread constante e aumentou as receitas com a prestação de serviços, duas linhas do negócio que são alvo de discussões com relação a sustentabilidade no longo prazo.

Dada sua menor inadimplência no trimestre, as despesas de provisão se mantiveram estáveis e o índice de cobertura da instituição ficou em um patamar bem confortável, próximo dos 245%. O índice mede o quanto o banco tem de provisões em seu balanço dividido pela carteira de crédito total.

O banco continua a entregar ROE acima de 20%, o que mostra a forte capacidade de rentabilidade e geração de valor aos acionistas, bem como a sólida distribuição de cerca de 74 por cento dos lucros em dividendos no ano de 2019.

Apesar da queda no índice de Basiléia, o capital de melhor qualidade encontra-se em 12%, composto basicamente por lucros acumulados e capital dos sócios e confortavelmente acima do limite mínimo de 8 por cento estabelecido por regulação internacional.

O banco atingiu todas as “metas” do guidance em 2019, com exceção do audacioso crescimento de despesas operacionais abaixo da inflação do ano. Devido ao cenário desafiador que o setor bancário está enfrentando, não acreditamos que o resultado, que veio em linha com o que esperávamos, vá ter grande impacto no preço das ações.

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