O líder do PSL na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro (SP), disse que já esperava a decisão da Executiva Nacional de pedir nova suspensão dos parlamentares que pretendem migrar para o Aliança pelo Brasil. “Considero natural novo pedido de suspensão. Vão tentar subterfúgios judiciais para retirar a liderança. Só não sei no que eu estou prejudicando eles”, afirmou.
A executiva nacional do PSL decidiu hoje pedir a suspensão de 17 deputados federais e dois estaduais das atividades político-partidárias por um período de um ano. O pedido da Executiva ainda não tem efeito prático e precisa ser homologado pela Direção Nacional para ter validade. O grupo alvo da punição é formado por deputados bolsonaristas que entraram em rota de colisão com o presidente do PSL, Luciano Bivar, após apoiar Jair Bolsonaro na disputa interna pelo comando da legenda e posteriormente no processo de criação do Aliança pelo Brasil.
Apesar do processo que pode destituí-lo da liderança, Eduardo não confirmou se pretende permanecer como líder do partido durante este ano e disse que não quer assumir a presidência de nenhuma comissão. Ele presidiu a Comissão de Relações Exteriores no ano passado. Segundo Eduardo, o partido se reúne na próxima semana para tratar sobre comissões e o PSL deve ficar com a Comissão de Finanças e Tributação e sem a de Constituição e Justiça (CCJ).
“Quero ter mais tempo para retomar pautas mais domésticas do que internacionais”, disse. Ele disse que também pretende ajudar o governo a se aproximar mais do Nordeste.
Entrevistas
Além disso, afirmou que vai começar a produzir um programa de entrevistas semanal com pessoas do governo. O primeiro convidado será o ministro da Justiça, Sergio Moro. A atração será transmitida pelas redes sociais e Eduardo disse que pensava em escolher o nome “Direto da Fonte” para batizar o programa, mas foi informado, durante a entrevista, que esse é o nome da coluna do Estado da jornalista Sonia Racy.
Por Camila Turtelli
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