Com medo de o coronavírus chegar ao Brasil, colégios particulares de São Paulo já alertam pais e professores e reforçam o estoque de álcool em gel na volta às aulas. Docentes planejam até incluir o tema nas classes.
No Colégio Santa Maria, na zona sul, professores de Ciência do ensino fundamental 2 (6.º ao 9.º anos) vão abordar o surto a partir da próxima semana. Um comunicado foi enviado a coordenadores pedagógicos com orientações, como lavar as mãos frequentemente e ficar atento a sintomas, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Não há recomendação para usar máscara.
O Colégio Presbiteriano Mackenzie, em Higienópolis, na região central, reforçou a presença de recipientes com álcool em gel nos corredores, banheiros e áreas de alimentação. Foram ainda fixados cartazes de campanha contra viroses. O mesmo comunicado foi enviado às famílias. O Colégio Dante Alighieri, nos Jardins, enviou informativo com o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), sintomas e prevenção. Orienta também que parentes de alunos que tenham ido à China e voltado nos últimos 14 dias entrem em contato. A escola Stance Dual, na região central, indicou às famílias os sites do Ministério da Saúde e da Associação Médica Brasileira para informações sobre o vírus.
Agente comunitária de saúde, Gisele Ferreira, de 40 anos, espera que o colégio da filha fale sobre riscos. “Acredito que as escolas devem passar todas as recomendações a professores, alunos e pais. A aula da minha filha será retomada semana que vem e é importante a orientação”, diz ela, mãe da Larissa, de 15, que está no ensino médio na rede pública. “Em minhas visitas às residências, reforço a importância de lavar as mãos, observar sintomas e verificar histórico de viagens à China.”
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação não informou se há ações preventivas. Já a Secretaria Estadual disse seguir orientações da pasta da Saúde. Por enquanto, o governo não tem orientação para evitar aglomerações, mas disse acompanhar a situação dia a dia.
A enfermeira Bruna Madruga, de 28 anos, mãe de Mateus, de 6, evita pânico. “Temos de acompanhar, mas acredito que ainda não há motivo para preocupação na cidade.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Renata Okumura
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