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Embraer enfrenta turbulência após anúncio de investigação sobre acidente

(Foto: Reprodução / Wikimedia Commons)

A Embraer (EMBR3) teve um pregão tumultuado na quinta-feira (30). No início do dia foram divulgadas informações que um incidente envolvendo o jato EMB-175 em novembro de 2019 nos Estados Unidos estava sendo investigado pelas autoridades americanas.

A notícia trouxe pressão para as ações da companhia, que chegaram a cair 2,15% durante o pregão. No fim do dia, entretanto, ficou claro que os problemas não têm relação com a tecnologia do jato especificamente, o que tirou pressão do papel.

No entanto, a responsável pela “recuperação” do papel no pregão foi a notícia da assinatura de contrato da empresa com a SkyWest para um pedido firme de 20 jatos E175. O valor total do pedido deve ficar em US$ 927 milhões.

A Embraer passa por um momento de transição. A fusão com a americana Boeing ainda precisa ser aprovada pelo órgão regulador europeu para ser finalizada. E qualquer notícia que indique novos atrasos ou pedidos de mais documentos para serem analisados pelo órgão pode gerar pressão sobre o papel.

A complicada situação da Boeing com seus aviões MAX 737 é outro fator que deve continuar mantendo pressão sobre as ações da companhia no curto prazo.

Além de tudo isso, temos incertezas após a conclusão da fusão. À parte da aviação comercial, que será 80 por cento da Boeing e 20 por cento da Embraer, a manutenção de aviões comerciais, que é outra fonte de receita também irá para a parceria. Sobram então a aviação executiva e a aviação militar, que também terá receitas divididas com a Boeing, porém com a brasileira como controladora.

A aviação executiva é bastante competitiva, porém encontra um problema de escala, já que aviões para milionários tem mimos que impedem a massificação da produção.

Enquanto a aviação militar, tem o número reduzido de clientes, coisa que deve melhorar com a parceria com a Boeing, que deve aumentar o leque de clientes e facilitar o financiamento pesquisa e tecnologia via governo americano.

Enquanto não tivermos a confirmação por parte da diretoria de quais serão os planos para a “nova” Embraer a empresa continuará sendo afetada por notícias como as de ontem.

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