A Corteva, empresa de sementes e agroquímicos que se desmembrou da DowDuPont em junho do ano passado, registrou prejuízo líquido de US$ 18 milhões (US$ 0,03 por ação) no quarto trimestre deste ano, ante também prejuízo de US$ 522 milhões (US$ 0,71 por ação) em igual período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira. No período, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) operacional da companhia foi de US$ 224 milhões, alta de 348% ante Ebitda de US$ 50 milhões reportado no quarto trimestre de 2018.
Apesar de registrar prejuízo pelo terceiro trimestre consecutivo, a companhia vem reduzindo o valor das perdas. No segundo trimestre de 2019, a Corteva obteve prejuízo de US$ 608 milhões, que passou para US$ 494 milhões no terceiro trimestre e para US$ 18 milhões, agora, no quarto trimestre.
As vendas líquidas subiram 6% na mesma comparação, de US$ 2,82 bilhões para US$ 2,98 bilhões. Foi a primeira alta nas vendas após três trimestres consecutivos de retração.
Em comunicado divulgado para a imprensa, a Corteva afirma que o incremento nas vendas deve-se ao fortalecimento da comercialização em volume de sementes e herbicidas na América do Norte.
A América do Norte registrou o maior crescimento nas vendas, de 15%, passando de US$ 978 milhões no quarto trimestre de 2018 para US$ 1,13 bilhão no quarto trimestre de 2019. Na América Latina, as vendas cresceram 2%, de US$ 1,08 bilhão para US$ 1,10 bilhão no período. No acumulado do ano, a companhia obteve recuo de 3,5% nas vendas globais para US$ 13,8 bilhões.
Na divisão de produtos para proteção de lavouras, as vendas líquidas aumentaram 3%, de US$ 1,689 bilhão para US$ 1,740 bilhão. A companhia atribui o crescimento da divisão à alta de 8% em volume de vendas, que foi parcialmente compensado por queda no preço local e variações cambiais desfavoráveis.
A forte demanda por inseticidas na América Latina também contribuiu para o bom desempenho do segmento. No continente, as vendas líquidas da divisão ficaram praticamente estáveis em US$ 615 milhões. O Ebitda operacional do segmento foi de US$ 277 milhões, 64% superior ao obtido em igual intervalo do ano anterior.
No segmento de sementes, as vendas líquidas da Corteva aumentaram 10%, de US$ 1,126 bilhão para US$ 1,243 bilhão. O incremento, segundo a empresa, deve-se a aumento de 5% em volume de vendas e de 8% nos preços. Na América do Norte, houve alta de 27%, para US$ 486 milhões. Na América Latina, essas vendas cresceram 5%, para US$ 494 milhões. O Ebitda operacional do segmento foi prejuízo de US$ 26 milhões, menor que o prejuízo de US$ 87 milhões obtido em igual intervalo do ano anterior.
Para o ano fiscal de 2020, a companhia espera vendas de US$ 14,5 bilhões, Ebita operacional de US$ 2,2 bilhões e lucro líquido entre US$ 1,45 e US$ 1,55 por ação.
Por Isadora Duarte
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