O Ministério da Saúde informou na tarde desta quarta-feira, 29, a existência de nove casos suspeitos de infecção pelo coronavírus no Brasil, mas sem confirmação de nenhum deles. Entre os possíveis infectados estão três pacientes da cidade de São Paulo, dois deles são crianças.
Ao todo, seis Estados brasileiros têm casos em investigação: São Paulo (3), Santa Catarina (2), Minas Gerais (1), Paraná (1), Rio de Janeiro (1) e Ceará (1). Outros quatro casos suspeitos foram descartados: três no Rio Grande do Sul e um no Paraná.
Na terça-feira, o ministério havia divulgado a ocorrência de três casos suspeitos: em Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. Os dois casos das capitais gaúcha e paranaense já foram descartados. O caso mineiro segue em apuração.
Segundo o ministério, diariamente haverá um boletim de atualização divulgado às 16 horas.
No total, a pasta foi notificada de 33 casos, mas 20 foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apenas pacientes que apresentam sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar e têm histórico de viagem para a China nos últimos 14 dias, mesmo antes de apresentarem os possíveis sinais de infecção, são considerados suspeitos.
Os pacientes que estão sob investigação estão sendo monitorados e ficarão isolados até a divulgação do resultado dos exames. Outros quatro 4 casos foram descartados pelo governo.
Casos de São Paulo
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou que os três casos suspeitos foram registrados na cidade de São Paulo. Os pacientes são dois irmãos, de 4 e 6 anos, e um adulto de 33 anos. Os três passam bem e estão em isolamento domiciliar.
De acordo com a pasta estadual, uma das crianças com suspeita da doença, o menino de 6 anos, retornou da China no dia 19 de janeiro e apresentou febre e tosse no dia 28. A criança mais nova, uma menina de 4 anos, não esteve no país asiático, mas teve contato com o irmão mais velho e apresentou os mesmos sintomas. As crianças foram inicialmente atendidas no Hospital Infantil Cândido Fontoura, na zona leste da cidade.
Já o homem de 33 anos voltou da China no dia 20 de janeiro. Apresentou febre, tosse e dor de garganta e foi atendido em um hospital privado da capital, segundo a secretaria.
“Os familiares estão orientados com relação às medidas necessárias para se prevenirem, como uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal, bem como sobre os cuidados requeridos para os pacientes, que incluem hidratação e a permanência em casa, sem circulação por outros locais e evitando contato com familiares e amigos, por exemplo”, disse a pasta, em nota.
As amostras dos exames feitos pelos pacientes já foram enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, laboratório público de referência.
Por Marlla Sabino e Fabiana Cambricoli
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