O dólar no mercado à vista opera em alta e renovou máximas na manhã desta sexta-feira, 24, enquanto o dólar para fevereiro, que é o contrato futuro mais negociado, passou a subir, após iniciar a sessão em baixa moderada. Investidores monitoram o surto de coronavírus, após declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o surto da doença, iniciado na China, ainda não é uma “emergência global”.
No exterior, o índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas fortes, avançava 0,16%, a 97.849 pontos, às 9h46. Ante divisas emergentes, a moeda americana opera sem direção única.
O responsável pela área de renda fixa da Terra Investimentos, Marcelo Castro, considera os ajustes bem discretos, após uma semana em que o mercado ficou muito nervoso por causa da disseminação do surto de coronavírus na China e outros países e a queda de braço entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
“Mas Bolsonaro descartou hoje a chance de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas ao chegar a Nova Délhi, na Índia, para uma missão de quatro dias”, destacou o profissional. “A chance no momento é zero, tá bom? Não sei amanhã, na política tudo muda, mas não há essa intenção de dividir”, disse Bolsonaro. Castro avalia que já é menor o impacto de baixa sobre o dólar de um fluxo de entrada esperado relativo a emissões corporativas no exterior e ofertas de ações.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fica no radar. Ele participa de evento sobre política monetária em São Paulo daqui a pouco (10h).
Às 9h35 desta sexta, o dólar à vista estava na máxima, aos R$ 4,1859. O dólar futuro de fevereiro também estava na máxima, aos R$ 4,1890, ante mínima em R$ 4,1675 após a abertura.
Por Silvana Rocha
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