Aliados de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, articulam para que seja possível a reeleição para os cargos de presidência do Legislativo. Atualmente, os cargos não são passíveis de reeleição e o mandato dura somente dois anos. O mesmo não ocorre nas Assembleias Legislativas da maioria dos Estados brasileiros, em que é autorizada a reeleição sucessiva de seus dirigentes. Nesse contexto, é comum a presença de presidentes legislativos que passam mais de uma década na função.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, chegou a afirmar que não vai advogar pela mudança, mas que também não deverá se opor a eventuais articulações que busquem aprovar essa mudança via Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A possibilidade de reeleição, porém, enfrenta resistências nas duas casas do Legislativo federal. Evidentemente, é de interesse dos partidos que o posto fique vago ao fim do mandato de Maia e Alcolumbre.
Considero praticamente impossível que parlamentares aprovem uma PEC que permita a reeleição para a presidência da Câmara e do Senado, uma vez que já existem articulações para as eleições dos cargos, que ocorrerão no início de fevereiro de 2021. Para o governo, a possibilidade de manter Maia e Alcolumbre seria bastante positiva. Ambos têm boa relação com o Executivo e abraçaram a agenda de reformas – o que pode não ocorrer com os próximos presidentes.
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