O susto provocado pelo ataque de milícias líbias a dois dos principais campos produtores de petróleo do país africano também arrefeceu. No domingo e na segunda-feira (20), tropas rebeldes lideradas pelo marechal líbio Khalifa Haftar, muito ligado ao ex-ditador Muammar Khadafi, atacaram os campos.
Desde a queda de Khadafi, em 2011, a situação na Líbia tem sido instável devido aos conflitos tribais. Desde 2014 o país vive uma situação de virtual guerra civil entre as tribos. O ataque das tropas de Haftar visa travar a exportação de petróleo e desestruturar a única fonte de recursos para o governo.
A Líbia vinha se estabelecendo como um participante de relevo no mercado de petróleo, com uma produção de 1,2 milhão de barris por dia. Sua principal vantagem estratégica é a proximidade geográfica com a Europa. Além de próxima, a Líbia pode remeter seu petróleo para o mercado consumidor sem os riscos de entraves no Golfo Pérsico, como ocorre com o petróleo do Oriente Médio. Daí o impacto inicial nos preços com a notícia do ataque.
No entanto, durante o pregão em Londres, os preços do petróleo referencial do tipo Brent recuaram mais de 1% e caíram para US$ 64,28 por barril, após terem atingido a marca de US$ 66 dólares no pregão da segunda-feira (20). Autoridades do setor de petróleo do Japão e da Europa afirmaram que os estoques são suficientes para compensar eventuais interrupções no fornecimento da Líbia.
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