O governo do Irã disse nesta segunda-feira, 20, que não havia fechado a “porta para negociações” nos esforços para resolver uma disputa sobre seu acordo nuclear com potências mundiais, que tem aumentado constantemente desde que os Estados Unidos se retiraram do acordo em 2018.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Abbas Mousavi, disse que qualquer outro movimento de Teerã para reduzir seus compromissos com o acordo dependeria de ações de outras partes, depois que os Estados europeus acionaram um mecanismo que poderia levar à reimposição das sanções da ONU.
O Irã gradualmente se afastou de suas obrigações com o acordo de 2015, de limitar seu trabalho nuclear, depois que Washington deixou o acordo e depois impôs sanções severas nos EUA.
Grã-Bretanha, França e Alemanha, também signatárias do pacto, acionaram um mecanismo de disputa este mês, citando violações iranianas. Isso inicia um processo diplomático que pode levar à reimposição das sanções da ONU.
“Teerã ainda permanece no acordo. As alegações das potências europeias sobre o Irã violar o acordo são infundadas”, disse Mousavi em uma entrevista coletiva semanal em Teerã, dizendo que a “porta para as negociações” não foi fechada.
“O Irã diminuir ainda mais seus compromissos nucleares dependerá de outras partes e se os interesses do Irã estiverem garantidos pelo acordo”, afirmou Mousavi. O presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se do acordo e iniciou uma política de “pressão máxima” contra o Irã, dizendo que queria um novo acordo que cubra questões nucleares, o programa de mísseis balísticos do Irã e as atividades iranianas no Oriente Médio.
A Grã-Bretanha disse que um “Acordo Trump” poderia substituir o acordo de 2015 e a França pediu amplas negociações para encerrar uma crise com os Estados Unidos, que irrompeu brevemente em uma ação militar iraniana EUA-Irã neste mês.
Mousavi repetiu a rejeição do Irã a um “Acordo Trump”. As autoridades iranianas disseram que Trump não pode ser confiável, então esse acordo não teria nenhum valor. (Com agências internacionais).
Por Redação
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