O Índice de Estoques (IE) do comércio paulistano caiu 3,2% em janeiro ante dezembro, de 124,3 pontos para 120,4 pontos, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No período, a proporção de empresários que consideram seus estoques “adequados” caiu 3,0%, de 61,8% para 59,9%. A razão dos que consideram ter mais mercadorias em estoque do que o necessário avançou 6,2%, de 22,8% para 24,3%, e a dos que acham ter estoques muito pequenos passou de 14,8% para 15,4%, uma alta de 4,3%.
Segundo a FecomercioSP, a variação do índice na margem reflete um provável exagero nas encomendas para o Natal, apesar de não comprometer os bons resultados de divulgações anteriores. “As indicações são de que as vendas de Natal foram boas, as melhores dos últimos anos, porém os empresários eventualmente acabam exagerando seu otimismo”, avalia a entidade em nota.
Frente a janeiro de 2019, contudo, o indicador avançou 4,7%, puxado por uma alta de 4,8% na proporção de empresários que consideram seus estoques adequados e queda de 9,6% na razão daqueles que enxergam excesso de mercadorias. A razão dos que acreditam que seus estoques estão abaixo do ideal mostrou variação mais suave, de -0,3%.
“Os indicadores de estoques tiveram bom desempenho em 2019 e, após muitos anos, voltaram aos patamares que podem ser considerados históricos”, ressaltou a FecomercioSP.
Na margem, os dados também mostram que as grandes empresas mantém ajustes melhores nos estoques: 70,8% das companhias de grande porte consideram seus estoques adequados em janeiro, contra 59,7% das pequenas. Entre as grandes, 11,1% enxergam seus estoques altos, contra 24,6% das pequenas e, quanto aos estoques baixos, as proporções são de 18,1% e 15,3%, respectivamente.
O IE é apurado mensalmente desde junho de 2011, com respostas de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando a inadequação e adequação total.
Por Cícero Cotrim
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