A Petrobras anunciou, nesta terça-feira, 14, que após encerradas as tentativas para venda da subsidiária Araucária Nitrogenados S/A (Ansa/Fafen-PR), aprovou a hibernação da fábrica de fertilizantes localizada na cidade de Araucária, no Paraná. Segundo nota, a empresa vêm apresentando recorrentes prejuízos desde que foi adquirida em 2013.
Segundo a empresa, os resultados da Ansa, historicamente, demonstram a falta de sustentabilidade do negócio. “Somente de janeiro a setembro de 2019, a Araucária gerou um prejuízo de quase R$ 250 milhões. Para o final de 2020, as previsões indicam que o resultado negativo pode superar R$ 400 milhões”.
Ainda conforme a empresa, no contexto atual de mercado, a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) está mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia) e as projeções para o negócio continuam negativas. A Ansa é a única fábrica de fertilizantes do país que opera com esse tipo de matéria-prima.
A estatal destacou que a hibernação segue na esteira da estratégia de sair do segmento de fertilizantes e focar em ativos que gerem maior retorno financeiro.
“Foram empenhados todos os esforços para a venda da empresa, cujo processo de desinvestimento iniciou-se há mais de dois anos. As negociações avançaram com a companhia russa Acron Group mas, conforme comunicado ao mercado em 26 de novembro, não houve efetivação da venda”, aponta a Petrobras.
Funcionários
A empresa apontou que desligará os 396 empregados da fábrica. Eles receberão, além das verbas de rescisórias, um pacote adicional entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, proporcional à remuneração e ao tempo trabalhado, além de outros benefícios.
A Petrobras diz que a Ansa se reuniu na manhã desta terça-feira com o sindicato para tratar desse tema.
A estatal informou ainda que a Ansa está em fase final de negociação de convênio para oferecer programas de capacitação e requalificação profissional para as comunidades que ficam no entorno da fábrica, no município de Araucária. “Serão oferecidas 1000 vagas para moradores destas comunidades”, apontou.
Por Cristian Favaro
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