A livraria Saraiva, em recuperação judicial, está desde segunda-feira, 13, sob nova direção. Luís Mario Bilenky foi indicado como presidente não estatutário e começou a exercer suas funções na segunda, segundo comunicado da empresa ao mercado. Ele entrou no lugar de Jorge Saraiva Neto, da família controladora da rede varejista de livros.
Bilenky presidiu a Blockbuster e a Fototica, além de exercer a posição de diretor de marketing do McDonald’s. Ele também foi diretor executivo do laboratório de diagnósticos Fleury e presidente do Hospital Infantil Sabará.
Com dívidas declaradas de R$ 674 milhões, a rede de varejo – que durante décadas liderou a venda de livros no País – entrou com pedido de proteção na Justiça em novembro de 2018. Seu plano de recuperação judicial foi homologado pela Justiça em setembro.
Nova configuração.
Abatido por uma crise nos últimos anos, o mercado de livrarias deverá ter, depois de décadas, uma nova líder no País em número de lojas. A mineira Leitura, relativamente desconhecida no eixo Rio-São Paulo, criada há 52 anos, deverá assumir a posição neste ano.
A rede mineira tem atualmente 72 lojas, ante 73 da Saraiva, que fechou cerca de um quarto de suas unidades ao longo dos últimos dois anos (no auge, a companhia chegou a contabilizar 114 pontos de venda em todo o País).
Isso ocorrerá porque, ao contrário da Saraiva, a rede mineira já tem planos de expansão de abertura de novas lojas. Até maio, segundo o presidente da Leitura, Marcus Teles, a empresa vai ter 76 unidades, com a abertura de quatro lojas em São Paulo, Campinas (SP), Serra (ES) e em Juiz de Fora (MG).
O executivo trabalha nos contratos para mais três pontos de venda, devendo terminar 2020 com 79 lojas em operação. Ao fim desse ciclo de expansão, espera ter faturamento anual de R$ 500 milhões.
Outra tradicional livraria, a Cultura, também em recuperação judicial desde outubro de 2018, fechou pontos de venda. A empresa negociou em dezembro passado a venda do site Estante Virtual para o grupo Magazine Luiza.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por André Vieira
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