A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou a segunda prévia do IGP-M de dezembro. As expectativas do mercado eram de uma variação de preços de 1,68 por cento, após uma leve deflação (queda de preços) de 0,01 por cento na segunda prévia de novembro.
No entanto, a inflação foi de 2,06 por cento. O IGP-M é considerado um índice menos previsível devido à preponderância do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do IGP-M. O IPA é mais instável, o que acrescenta volatilidade no curto prazo.
O levantamento de dezembro trouxe uma diferença, porém: o IPA avanço.
ou 2,85 por cento, ante uma deflação de 0,06 por cento em novembro. Mas os preços ao consumidor também subiram acima do esperado. O IPC, que responde por 30 por cento do IGP-M, apresentou uma variação de 0,74 por cento na segunda prévia de dezembro, ante uma alta de apenas 0,03 por cento em novembro. No topo da lista de altas está a carne bovina, com um aumento de 21,6 por cento no atacado e de 18,7 por cento no varejo.
Outros índices confirmaram essa tendência. Também na manhã desta quarta-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, divulgou uma inflação de 1,13 por cento na segunda quadrissemana de dezembro, medida pelo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A inflação na primeira quadrissemana havia sido de 0,80 por cento.
Para comparar, no mesmo período de 2018 o IPC/Fipe mostrou uma inflação de 0,05 por cento. A aceleração dos últimos dois meses tem sido liderada pelo item Alimentação, influenciada pela alta do preço da carne bovina.
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