A Iguatemi, dona de uma rede de 16 shopping centers, reportou lucro líquido de R$ 101,2 milhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 69,4% em relação ao mesmo período de 2023.
O salto se deve ao crescimento da receita das operações nos shoppings e ao controle das despesas, o que ampliou as margens de lucro. O balanço também contou com uma redução importante das despesas financeiras em função do menor endividamento.
Já no critério ajustado, o lucro líquido foi de R$ 118,5 milhões, expansão de 16,3% na mesma base de comparação anual. O critério ‘ajustado’ exclui efeitos contábeis – como a linearização da receita de aluguéis, a oscilação no valor da ação da Infracommerce (empresa investida da Iguatemi) e o mecanismo de swap de ações – e é considerado um dado ‘mais limpo’ na análise do balanço da Iguatemi.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 250,8 milhões, crescimento de 1,2%. A margem do Ebitda ajustado foi a 77,5%, baixa de 4,6 pontos porcentuais.
O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado chegou a R$ 166,3 milhões, aumento de 14,6%. A margem FFO foi a 51,4%, subida de 3,3 pontos porcentuais.
A receita líquida ajustada totalizou R$ 323,7 milhões, expansão de 7,3%.
A receita de aluguel de espaços aos lojistas (composta por aluguel mínimo, porcentual e locações temporárias) teve crescimento de 3,1%, para R$ 248,3 milhões. O segmento se beneficiou pelo retorno no IGP ao campo positivo, levando a reajustes nos contratos de aluguel.
A receita de estacionamento subiu 7,6%, para R$ 55,1 milhões, com aumento no fluxo de veículos e reajustes de tarifas.
A receita de varejo (lojas e marketplace) aumentou 42,6%, para R$ 41,8 milhões, puxada pela inauguração da Loewe, a primeira da América Latina.
“O resultado do trimestre foi muito bom. Nós tivemos melhoras em todas as frentes de negócios”, afirmou o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Iguatemi, Guido Oliveira.
As despesas administrativas encolheram 3,7%, para R$ 25,3 milhões.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa líquida de R$ 57,5 milhões, montante 42,5% menor que no ano anterior.
A Iguatemi encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 1,6 bilhão, baixa de 11% em um ano. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado) foi para 1,67 vez, abaixo de um ano antes, quando estava em 2,13 vezes.
Por Circe Bonatelli
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