Internacional

Dirigente do Fed prevê inflação de cerca de 2,5% em 2022 e perto de 2% em 2023

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York, John Williams, afirmou nesta sexta-feira, 14, que a desaceleração no crescimento dos Estados Unidos e problemas na oferta devem ser gradualmente resolvidos, o que levará a inflação a desacelerar para “cerca de 2,5%” neste ano e para “perto de 2% em 2023”. A declaração foi dada durante discurso preparado para evento virtual do Council on Foreign Relations, no qual ele destacou o papel da demanda forte e de gargalos na oferta para influenciar os preços.

Williams disse que a onda de casos da covid-19, puxado pela variante Ômicron, provoca novos picos da doença no país, pressiona os serviços de saúde e também a força de trabalho americana. Para ele, esse surto do vírus deve desacelerar o crescimento nos próximos meses.

O dirigente previu que os EUA crescerão 3,5% neste ano. Ele notou que isso é inferior ao ano de 2021, mas ainda ficará acima da média de longo prazo para o país. Ao mesmo tempo, ressaltou as incertezas no quadro atual, com a pandemia.

Williams projetou também que a taxa de desemprego recuará a 3,5% neste ano nos EUA. Nesse quadro, ele disse que “estamos nos aproximando” do momento sobre quando elevar os juros. O dirigente não se comprometeu com uma data, dizendo que isso dependerá dos dados divulgados e de outras informações disponíveis.

Para Williams, de qualquer modo, o mercado de trabalho forte “ajuda a guiar” essa decisão sobre subir os juros.

Segundo ele, as taxas de juros de longo prazo devem avançar nos Estados Unidos, conforme o Fed reduz seu balanço. O dirigente disse ser impressionante o quão baixos os retornos dos bônus de curto prazo estão neste momento.

Durante o evento virtual, ele comentou que a decisão sobre o ritmo do balanço ainda será tomada pelos dirigentes, de modo coletivo, evitando citar datas potenciais para o início desse processo.

Williams também foi questionado sobre a questão das moedas digitais. Segundo ele, o Fed não tem pressa para lançar esse instrumento, mas deseja “fazer isso direito” quando for o momento adequado.

O dirigente também notou a importância para o setor financeiro de lidar com riscos cibernéticos, no quadro atual.

Por Gabriel Bueno da Costa

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Estadão Conteúdo

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